quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DIA NACIONAL DO DOADOR DE SANGUE 25 DE NOVEMBRO

Dia 25 de novembro é o Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. A data criada em 1964 com o objetivo de valorizar a doação voluntária, é um ato simples e salva muitas vidas. Mas será que temos o que comemorar?
De acordo com dados da Fundação Pró-Sangue sim, mas há de se lutar contra a falta de informação e preconceito. Em 2002, foram coletadas no Brasil cerca de 3 milhões de bolsas de sangue, o que corresponde a menos de 2% da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse índice deveria estar em torno de 3% a 5%.
A Fundação Pró-Sangue, criada em 1984, é uma instituição sem fins lucrativos, ligada à Faculdade de Medicina e à Secretaria de Estado da Saúde. Considerada o maior hemocentro da América Latina, é responsável pela coleta de 53% do sangue consumido na Grande São Paulo, 24% do Estado e de 14% do consumido no Brasil.
Na Europa e Estados Unidos, a população foi conscientizada para a importância da doação em função de fatores históricos que envolveram conflitos internos, guerras e acidentes naturais. Nesses lugarestodos tinham um parente ou amigo envolvido com episódios que envolviam a necessidade de sangue, o que levou a uma sensibilização da população. O caso mais recente foi o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, em que aviões comerciais foram jogados contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York. Cerca de 25 mil pessoas foram retiradas do local e se não houvesse essa conscientização coletiva a situação poderia ter sido pior.
Para Aline Monteiro, hematologista da Pró-Sangue, a população americana e européia está sensibilizada para situações de catástrofe, mas a brasileira não. Aline estava de plantão médico no dia 31 de setembro de 1996, quando um avião Fokker 100 da TAM, com destino ao Rio de Janeiro, caiu nas proximidades do Aeroporto de Congonhas logo após a decolagem, matando 96 pessoas. "Várias pessoas correram aos hospitais para doar sangue, em função dos apelos feitos pelo rádio e televisão", diz ela. E adverte: "Nós não temos estoque necessário para esse tipo de acontecimento, se alguma catástrofe acontecer não estamos preparados. É necessário prevenir". Ela admite que em grandes metrópoles, como São Paulo, a dificuldade de locomoção e as distâncias podem ser um empecilho."Mas não podemos ser pegos de surpresa nessas situações", enfatiza.

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