O fiel tricolor chegou a Catedral de Santana em Serrinha ás 11h depois de percorrer os 40 km, lá, dobrou os joelhos e fez oração de agradecimento.
Isaac tem um dia a dia de luta, já que o mesmo é funcionário de uma empresa de fios de sisal, e mesmo sendo encarregado de turma anda de um lado para o outro para acompanhar o andamento da fabrica.
Ele conta que foi muito cansativo, mas também divertido, muitos motoristas que ele imaginava serem torcedores do Bahia passavam buzinando e acenando. Falou também que não parou em nenhum momento para descansar, mas se preocupou com o risco de ser atropelado, pois a estrada em boa parte do trecho não possui acostamento.
Para muitos amigos, o torcedor do Bahia ta em grande forma, com mais da metade de um século de vida, conseguiu andar sem parar 40 km no tempo de 06 horas e 40min numa estrada de aclives e declives e sem muita segurança.
De acordo com Joilson Lessa, capitão PM e professor de matemática, Isaac andou a uma velocidade de 6 km/h e se manitvesse o mesmo rítimo até Salvador faria em aproximadamente 35 horas. Ainda segundo o matemático o pagador de promessa fez em média 10 minutos a cada quilometro.
Paixão pelo Bahia começou aos 12 anos
“Mas, lá na roça era muito bom, em dia de jogo, como não tinha televisão a gente se reunia, pegava o banco e ia para a mesa ouvir aos jogos com meus irmãos e meu pai. A Radio Sociedade era que mais a gente ouvia, me lembro da vibração de França Teixeira na narração. A fase que eu comecei a gostar do Bahia tava muito boa pra a gente, era difícil perder um campeonato”, lembrou.
Segunda promessa paga – Isaac revelou que teve duas grandes alegrias nos 40 anos de torcedor. Ver a conquista do Brasileirão de 1988 e agora o retorno a divisão de elite. A tristeza maior foi a de todos os tricolores, verem o clube no “fundo do poço” ao cair para a terceira divisão, e foi justamente no período que subiu de volta para a ‘segundona’ que ele pagou a promessa. Quase virou “Lobisomem”, acostumado cortar cabelo em no máximo 30 dias, fez promessa em 2007 que só cortaria quando o Bahia deixasse a terrível terceira divisão, e foram meses de cabelo grande até que o Bahia “tivesse compaixão” dele e passou somente um ano na serie C.
O fiel tricolor pede à diretoria que faça um time competitivo para 2011, já está comprovado, que se o Bahia contratar jogador de primeira linha a torcida paga. “A gente tem agora é a missão de quebrar o jejum do estadual que a gente não conquista desde 2001.
Torcedor monogâmico -No Brasil dificilmente se encontra um torcedor que só torce por um clube, principalmente nos estados nordestinos. Alguns são Bahia e Vasco, Bahia e Flamengo, Bahia e Fluminense, assim também acontece com os torcedores do Vitoria. Os clubes do eixo Rio e São Paulo lideram como aqueles que mais dividem a paixão, mas não é o caso de Isaac, ele tem uma aliança apenas com o Bahia. Segundo ele os nordestinos sofrem a descriminação com os sulistas e não devem “dá moral” comprando camisas dos times do Rio, São Paulo e Minas, pois não nasce em nenhum desses estados nenhum menino que vai ser incentivado pelo pai a torcer pelos clubes do Nordeste, daí o motivo da sua monogamia tricolor.
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